
Província de Akita vive maior crise de ataques já registrada: mais de 100 feridos e 12 mortes. Governo reforça ação com militares e caçadores.
O Japão vive uma situação inédita e preocupante: ataques de ursos estão se tornando frequentes, violentos e cada vez mais próximos de áreas residenciais. Com mortes e feridos acumulando, o governo tomou uma medida extrema — e histórica — para proteger a população.
O governo japonês mobilizou tropas das Forças de Autodefesa para a província de Akita após uma onda histórica de ataques de ursos atingir níveis críticos em 2025. De acordo com autoridades locais, mais de 100 pessoas foram feridas e ao menos 12 mortes foram confirmadas desde o início do ano.
A presença dos animais, que antes se limitava a regiões montanhosas, avançou para áreas rurais e chegou a zonas residenciais. Há relatos de ataques próximos a casas, pontos de ônibus e escolas. A sensação de insegurança fez com que algumas comunidades modificassem completamente suas rotinas.
A mobilização militar tem objetivos específicos: instalar armadilhas, transportar equipes de controle e auxiliar na retirada de animais mortos, o que é fundamental para evitar que outros ursos sejam atraídos pelo cheiro. Os soldados não participarão da caçada direta, já que a legislação japonesa exige que o abate seja realizado por equipes especializadas.
Especialistas apontam que a crise é resultado de múltiplos fatores: aumento populacional dos ursos, diminuição de alimentos naturais, mudança climática e envelhecimento da população rural, que reduziu drasticamente a quantidade de caçadores experientes. Cidades onde antes existiam dezenas de caçadores hoje contam com apenas dois ou três.
O governo avalia a implementação de um plano emergencial em nível nacional, com monitoramento por drones, cercas inteligentes, reforço nas equipes de controle animal e campanhas de orientação à população.
Conclusão :
A crise dos ursos deixou de ser apenas um problema ambiental e passou a ser uma questão de segurança pública no Japão. A mobilização de tropas evidencia a gravidade da situação e pode marcar um dos episódios mais delicados da relação entre atividade humana e vida selvagem no país. Se medidas de controle e prevenção não forem ampliadas, especialistas alertam que o fenômeno pode se repetir em escala ainda maior nos próximos anos.
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